Desculpas!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

 

Estive sem muita inspiração nesses últimos meses. Eu acredito que escrever seja ligado a isso, ou você tem ou você não tem. Não adianta abrir o 'Criar Nova Postagem' e *PLIM* a inspiração vem. Pelo menos não é assim comigo, hehehe =P

Bom, vou tentar dar continuidade ao blog e espero que consiga =P

Roendo as Unhas...

sábado, 5 de julho de 2008

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É, a coisa foi caminhando de passinho em passinho. A gente estava ensaiando com mais frequência, os ensaios aconteciam lá em casa (para desepero de mamãe e alegria do Fred) e também na casa do Jesse. Não sei, mas algo me diz que nossas mães sumiram por causa disso. Elas devem estar em algum lugar cuidando dos tímpanos furados e os nervos abalados, né? =O

Estávamos com o repertório cover em quase 100% quando decidimos que seria uma boa hora pra marcarmos nosso primeiro show e com que alegria eu fui até um clube sobrenatural de HM. Claro que o dono me olhou de cima a baixo e me mostrou a porta da saída na primeira chance. Já estava quase voltando pra casa quando olhei a plaquinha Bar do Seu Cuca. Respirei fundo e entrei. O dono era um daqueles tiozões com molho de tomate na camiseta, sabe? Mas começo de carreira, grana curta, sola de sapato já gasta, não tinha muito o que escolher, portanto tratei logo de acertar horário. Até por que o Seu Cuca estava salivando enquanto falava comigo e eu já estava ficando com medo dele!

Beleza, passei na casa do Jesse pra contar a novidade. Lógico que ele ficou muito com a notícia. O clube não era lá essas coisas mas de qualquer forma era um começo, né? Faltava ainda contar para os guris, mas faria isso quando chegassemos na facul. Ainda tínhamos uns minutinhos pra conversar e ele me perguntou mais sobre o livro e resolvi emprestá-lo pra que lesse também.

Eu já tinha até nossos nomes artísticos em mente. Eu seria a Cindy, claro. Afinal o martelo era meu, uahuahuahuahuauha. O DK seria DK mesmo, o Gil não tinha escolhido ainda e o Jesse queria buscar inspiração no livro mas eu já sabia que nome ele iria escolher!

Bom, hora de ir pra facul. Lá chegando contei a novidade pro DK e o Gil, eles também ficaram muito felizes e assim como eu, também muito ansiosos para que a noite chegasse logo.


Daria tempo ainda de passar uma flanela nos instrumentos, hehe. Seria minha primeira aparição em público e minha Neguinha teria que estar impecável, né? Ela me acompanha até hoje, é praticamente da família. Eu lembro que juntei uns 10 salários (como bartender na época) para comprar a minha Gibson Les Paul Classic, e olha que ainda parcelei, ahahahahaha. Tempos de grana curta!

E nasce um Martelo...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

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Cheguei correndo na facul. Os guris já estavam sentados na grama do campus como sempre faziamos antes de ir para as aulas. E quando me aproximei disse em voz alta: Hammer of Cindy! Todos se viraram pra mim espantados. O Jesse fez aquela cara de "Hum?" Mas foi o DK que falou 1º:

- Tessa, Hammer of o que?
!?
- ...Cindy!

Gil: - Beleza! Radical... ZzZZzzZz
DK: - Explica melhor isso, Tessa!

Jesse: - Taí, eu gostei!


Comecei a explicar desde o começo. Desde a hora em que abri os olhos até a inspiração que o livro me deu e as alterações que fiz até finalmente chegar nesse nome. Todos me ouviam atentamente e eu pude notar que estavam curtindo a idéia tanto quanto eu, salvo de uma pequena exceção - o Gil continuava roncando próximos de nós, ai ai! ¬¬ Explicações dadas, agora vinha a parte de definir quem fazia o que na banda, ou seja, as funções dos integrantes da recém criada Hammer of Cindy. Ficamos assim: Tessa no vocal e guitarra, Jesse no backing vocal e bateria, DK dançando e no baixo e o Gil seria nosso contrabaixista (elétrico). Feito isso, teríamos que nos dedicar aos ensaios, montar um repertório cover a priori, depois com a continuidade veríamos quem poderia se dedicar as composições.

Tudo ainda estava muito no começo e tinhamos que conciliar trabalho, estudos e a nossa banda. Foi um começo bem difícil. Levamos muita porta nas fuças, uahuahauhauhauha. Na época não tinha tomates (ufa, ainda bem!) mas não desistimos do nosso sonho de sermos MetalStar!

Acordei e abri o olho...

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Não é incrível quando você acorda e abre o olho? Hahahahahaha, eu fui além...eu acordei, abri o olho e gritei: É ISSO!!! O mano Fred que na época dividia o quarto comigo acordou assustado e estava pronto pra me esganar por que eu o acordei quando eu disse:

- Vou montar uma banda!
Fred: - Mas hein? (Parando com as mãos bem próximas do meu pescoço)
- Isso mesmo que você ouviu!
Fred: - Você andou cheirando meia suja de novo, né?
- Claro que não! *barulho de tapa*

E pulei da cama! Precisava contar ao Jesse e aos guris sobre minha idéia. Fui até o poporelhudo mais próximo (não tinha celular naquela época) e parei com a moedinha na mão. Mas eu ainda precisava de um nome, precisava amadurecer a idéia.

Voltei pra casa. Mamãe estava fazendo panquecas e me sentei a mesa pra comer. Estava dando umas garfadas, cabeça fervilhando, precisa de um nome pra banda. Até que passei os olhos pela pequena estante de livros de casa. Mamãe gostava muito de ler e nos incentivava a isso também. Um título me chamou atenção! Heart-Shaped Box era o nome, mas seria algo sobre o dia dos namorados? Peguei o livro e comecei a ler. Logo notei que não tinha nada a ver com romance. Não tenho em mente algum outro livro sobre histórias de fantasmas que te meta medo mesmo e esse com certeza deu. Falava sobre a história de uma lenda do rock pesado, ele liderou a mítica banda chamada O Martelo de Judas. EUREKA! Eu não tinha aprendido nada, mas senti que uma "lâmpada" acendeu acima da cabeça. Sim, era isso! O Martelo de Judas! Mas peraí, precisava deixar o "martelo" mais feminino...hmmm, vejamos...confesso que pensei no 1º nome que me veio e veio Cindy... O Martelo da Cindy? *ECA* Hmmm...pensa...pensa...pensa... Hammer of Cindy!! O Martelo da Cindy, sim! Eu seria a Cindy, ahahaha!

Não via a hora de encontrar os guris na facul e contar a eles minha idéia louca...

Laços tão fortes quanto a amizade - o amor!

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Levavamos nos estudos muito a sério, até o Gil parecia estar mais ligado na gente. E cada um começou a definir mesmo qual papel ia desempenhar dentro da música, assim o DK e o Gil foram para as aulas de "Dança" e eu e o Jesse fomos aprender "Canto".

Essas aulas eram incrivelmente prazerosas por que podia me soltar bastante e aprender a também usar meu corpo pra "viver" a canção. Não era só chegar no microfone e mandar ver, precisava cantar com a alma e isso eu estava fazendo muito bem. O Jesse tinha uma voz linda e como sempre faziamos dupla nos exercícios que o mestre nos passava, ele aprendeu a "completar" a minha voz, sendo assim um perfeito segunda voz.

Tenho certeza absoluta que foi ali que me apaixonei por ele, ou pelo menos me dei conta disso. Hoje ele conta que se apaixonou por mim desde a época em que nos encontramos na fila de "Presença". Que foi a 1ª vista. Mas me digam, como ele podia me ver com aquele cabelo todo no rosto?!? Hahaha, sei lá, né? =P Eu só sei que depois do começo das aulas de canto éramos como unha e cutícula! Logo as aulas terminaram e voltamos a ter outras aulas junto com o DK e o Gil.

Tagarelavamos feito doidos sempre. Comentando sobre as aulas, trocando dicas, explicando algo que não havia sido entendido durante as aulas. Até que o Jesse sugere que fizessemos um grupo de estudos, pra que a gente pude aprimorar nossas skills na garagem da casa dos pais dele, onde teríamos mais sossego. Lógico que topamos na hora, né? Tínhamos só as skills básicas e precisavamos aprimorar pra poder frequentar as ualas mais especializadas, como Guitarra, Baixo, Contrabaixo e Bateria.

O tempo foi passando, estuda daqui e estuda dali e agora estavamos bons mesmo nas skills. E foi nessa época que eu e o Jesse começamos a namorar. Como eu estava feliz e radiante. Ele me fazia um bem danado e eu sabia que ele era o homem da minha vida. Mas os estudos e ser "alguém" vinham na frente e foi assim que levamos as coisas.

Amizade começando...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

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A medida que os estudos iam se intensificando a minha amizade pelo "japa" ia aumentando também. Ele agora tinha até um nome pra mim, hehe. A galera da facul chamava ele de Tsunami, por que o sobrenome dele antes de se casar era Tsunezi mais um outro que no momento me foge, hehe. Mas como disse, ele agora tinha um nome pra mim, apelido aliás que ele mesmo usava, adotou DK inclusive mais adiante como seu nome artístico. DK eram as iniciais de Drift King, em homenagem a também de uma de suas paixões - carros. O Gil também era meu amigo, mas eu tinha minhas dúvidas se ele se lembrava que éramos amigos dele, entendem? E ele estava andando com um turma meio deprê. A gente tentou de tudo pra tirá-lo daquela nóia, conseguimos por uns tempos, mas infelizmente foi em vão.

Bom, finalmente tinhamos aprendido "Cordas" e estávamos nos matriculando nas aulas de Presença de Palco quando um cabeludo esquisito me chamou atenção. Ele rodopiava as baquetas por entre os dedos com uma velocidade assombrosa. Nem dava pra ver o seu rosto por que o cabelo cobria até o nariz dele. Isso me fazia lembrar o Slash quando ainda tocava guitarra no Guns. Só que o guri tinha cabelo liso e castanho claro. Enfim, com o tempo poderia matar minha curiosidade por que ele também se matriculara nas aulas de "Presença".

Não deu outra, em pouco tempo o cabeludo esquisito estava enturmado com a gente. Ele tinha recém saído das aulas de "Percussão" e levava jeito pra coisa, admito. Agora ficávamos sempre juntos, eu, DK, Gil e o Jesse. Esse afinal era o nome do cabeludo esquisito e cá pra nós, não desgrudava os olhos de mim...erm, quer dizer... eu acho que ele olhava pra mim, né? Com aquele monte de cabelo nas fuças, quem iria ver algo?!? ¬¬

E assim passaram alguns dias...

Como tudo começou...

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Muita gente me pergunta como tudo começou. Não só nas entrevistas mas onde a gente passa é sempre essa a 1ª pergunta que nos fazem, então decidi contar um pouco desse sonho louco que está se tornando realidade. Uma estrada longa, que parece não ter fim.

Nunca foi novidade alguma que eu tinha tendências musicais. Eu sempre via um de meus irmãos tocando guitarra (o Fred) e mamãe louca com o "barulho" que ele fazia. Bom, isso era o que ela achava, por que ele sempre tocou muito bem!

A idade foi chegando e o interesse pela música só crescendo. Sem que meu irmão visse, tentava dedilhar umas humildes notinhas na guitarra dele, eu tinha o conhecimento "de ouvido" mas queria saber mesmo como tocar e lá fui eu cheia de sonhos pra USP. Na época que comecei os meus estudos, a vida era mais fácil e chovia mestres com suas legiões de alunos indo pra onde quer que o mestre fosse e lógico que eu era uma delas. Caderno e caneta a postos pra qualquer dica que o mestre pudesse compartilhar com a gente. Como era divertido sentar tods em volta do mestre e vê-lo mostrar como se toca!

Foi nessa época que eu me tornei muito amiga de um japa franzino que usava óculos fundo de garrafa, um perfil totalmente averso para um monstro sagrado do Deus Metal, ele parecia ter saído de uma biblioteca empoeirada ou mesmo rodeado por livros de matemática e física quântica (ARGH! Só de pensar me dá arrepios...), e ele curtia todas as bandas de HM daquela época e assim como eu também queria aprender a tocar instrumentos de corda, mas ele curtia mais o som do baixo e eu pensava nos solos de guitarra, hehe. Também nessa época era da nossa turma de "Cordas" o que futuramente seria o 4º integrante da Hammer of Cindy. Ele tocava muito bem, mas vivia muito loucão e uns dois anos depois de entrar na banda veio a falecer de overdose. Todos nós sentimos muito a sua perda.